Maria
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Somente Para Ti (V)
Como se esquecer daqueles sonhos nos quais plantamos nossas esperanças?

Criaram raízes, estão cravados profundamente, assim como uma adaga que não se pode mais arrancar do coração.

Que é esse grito que ouço?

Um sinal de contradição de minha voz? Um apelo? Uma resposta?

Um grito que me diz que ainda sou ouvida e me arranca outra vez de mim mesma?

O amor que nos une é daqueles que nos fazem acreditar no inexprimível.

Triunfa sem sequer dar-se ao trabalho de conquistar a terra prometida, inconsciente das rupturas que causou no tempo, das tragédias que fez explodir por causa de mal entendidos, dos destinos cujo curso mudou para sempre.

E essa expressão de paz e caos, ao mesmo tempo sonhadora e fascinante que o peito sente?

Como se, descobrindo um aspecto inusitado da criação - dos inversos que se juntam, dos contrários que se atraem, dos pólos que se tocam -, se interrogasse dos caminhos desconhecidos mas cheios de encanto em que se embrenha o coração que ama tão forte, tão apaixonado, tão amante... como nunca ainda sempre amou...
Maria
Enviado por Maria em 13/07/2009
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