Maria
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Somente Para Ti (VIII)
que sua mente não se entregue a pensamentos sombrios que possam confundi-lo e desviá-lo de seus objetivos.

que seu coração não contabilize apenas as tristezas, as coisas penosas, mas que em momentos difíceis, onde as lembranças, as ausências e as saudades ferirem mais, que ele possa se refugiar aqueles a quem é afeiçoado e buscar neles acalanto para suportar as agruras do “avaro” mundo...

que sua alma possa um dia enxergar que apesar de eu nunca compreendê-lo, de entender errado o que me dizia, de invadir seu mundo, sua vida, de estragar seu jardim, de me precipitar a falar e falar a ponto de que repudiasse minha voz... nunca fui sua inimiga... mas sempre, sempre fiel amiga, sincera, verdadeira... e por ser assim, agia como era, no fogo das situações, impulsiva, brava, confusa, de forma idiota até... mas verdadeira...

e saiba que sempre acreditei que fomos feitos para nos entendermos, para nos amarmos, “para sermos os melhores amigos”, para apoiar e ajudar um ao outro a encontrar o caminho do refúgio, a sombra de paz que apazigua o espírito de seus dilemas.

tenho saudades daquele tempo em que éramos tão unidos, quando tínhamos tanto tempo um para o outro, quando eu podia acompanhá-lo em sua caminhada por entre as estrelas, entre os eternos... saudade do tempo em que nos deixávamos completar, onde você me guiava por entre as estrelas e me ensinava a não me deixar levar por elogios fáceis, a não me deixar contaminar por vícios ruins...

você... meu guia, meu professor, meu mestre... meu irmão, meu amigo, meu amor... meu braço armado, pronto para defender-me das malícias da vida... eu... sua ávida aprendiz, sua feliz discípula, sua apaixonada aluna, sua menina, sua amiga, a mulher que lhe ama... e... a mulher frágil e perdida que precisa de seus braços feitos para permanecer em equilíbrio...

Maria
Enviado por Maria em 23/07/2009
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