Maria
Prosa e Poesia
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Plumas ao Vento
Nem sei mais que dia do mês é hoje. Não olhei o calendário. Prá que se todo dia é igual a ontem ? E se quando olho, o minuto da hora já passou ? Já resta menos tempo para viver. Cada dia é um a menos… Cada dia é um tempo ruindo, um sonho se perdendo… Os meus estou abandonando… Um a um ! Como se deixa os rastros na areia da praia… O mundo ficou quieto e vazio. Ninguém fala, ninguém passa, ninguém vem… E as horas vão… O relógio sim faz um barulho ensurdecedor. Dói só em escutar. Ele grita a passagem dos segundos como se isso fizesse a diferença. Não faz mais. Que importa se o tempo passa ? Não vai mais a Lugar Nenhum. Por mim podia parar. Então a eternidade ansiada chegaria e me levaria em suas asas. E me faria sentir como pluma, voando num sopro de brisa… Assim, assim, devagar, pousando nas folhas, rolando no chão, plainando lenta e quieta no ar… Mas o tempo é carrasco… Escrava, independente dos sentimentos, das vontades, dos desejos… Por que eles existem ? Talvez para que saibamos o que é frustração…
Maria
Enviado por Maria em 09/05/2011
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