Maria
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Carta ao meu amigo
E se és meu amigo, e respeitas meu jeito de ser, agradeço e digo, não mereço, pois que invadi seu mundo e tentei fazer parte dele a fórceps.

Depois de um tempo, fui empurrada e sem perceber, lutei com todas as minhas forças para nele permanecer.

E só agora, vendo a história, percebi que colei "igual super bond de padaria".

Sinto-me ultrajada em mim mesma ao contemplar minha própria verdade.

Olhar no espelho da vida, registrado em letras fortes, que do coração teimam em ficar marcadas, é dolorido demais.

Compreender isso, mexe com os princípios de vida, com o pensar que tinha sobre mim mesma até aqui.

Acho que me amei demais ou de menos. Acho que me cuidei demais ou de menos e agora sofro por não ter sabido viver nesta vida que me deixei carregar, sem nem mesmo saber para onde ia.

E isso devia ser a prova da imensa confiança depositada em meu amigo querido.

Do amigo verdadeiro, que acredito ainda existir, atrás de toda essa confusão de vidas que me atropela a cada minuto do tempo...

Maria
Enviado por Maria em 17/12/2006
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