E hoje me veio à mente as palavras: isonomia e recondução.

Recondução quer dizer: Remeter novamente para o lugar, de onde tinha vindo, devolver (...), (Novo dicionário de Aurélio).

Acho que isso precisa acontecer comigo e com minha vida. Claro que nunca mais serei eu mesma, porque já me mudaram profundamente.

Foram vidas que vivi de muito aprendizado e espero que pelo menos um pouco de mim também possa ter mudado a vida de alguma pessoa que passou por minha estrada neste tempo de quase cinco séculos.

E aí entra a isonomia. Aristóteles disse que "a igualdade consiste em tratar igualmente os iguais e desigualmente os desiguais", na medida de suas diferenças e peculiaridades..

Penso que talvez essa máxima de Aristóteles possa se aplicar bem à minha vida até aqui.

Respeito nossas diferenças e creio ser uma desigual. Mas não tão desigual que não possa conviver ao seu lado.

E queria dizer, que sempre estarei aqui, ao seu lado, quando precisar de um ombro, de um olhar, de um sorriso, de um carinho, de uma palavra de alento, de amor.

E que mesmo com a alma doente, ferida, jamais deixarei de amar e ver meu amigo de forma especial.

E se digo tudo o que falo, é porque sei que para um amigo a gente pode falar o que pensa, o que passa em nosso coração. Nossa raiva, nossa dor, nossas decepções.

Porque a vida não é feita só de momentos alegres. A vida real tem tudo isso que vivi tão intensamente. Tanto a dor como o amor.

E queria dizer que sou feliz. Feliz porque hoje suas canções voltaram a tocar.

E sei que vou precisar de sua mão para atravessar esse oceano.

Mas não consigo vê-la, então queria pedir, me faz ver, de maneira bem clara onde ela está...para que possa pegá-la quando precisar, quando não suportar a travessia do vale de dor que sei sempre terei de passar até que a roda pare de girar....