Maria
Prosa e Poesia
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Chamuscas de Ranço
Na manhã de minha escuridão o sol voltou a brilhar. Taciturno, musgueado e encrespado de nuvens e ranços de névoas sem fim. Fumaceando flocos algodoados de lágrimas, que brotam lentos e tristes da terra chamusqueada de reflexos de ausências. No pouco que se pode ver, aparentes fontes emparedadas, descem cândidas e cegas à tantos chumaços de mágoas e feridas plantadas por mãos, insensíveis e cardeadas de espinhos e pétulas azedadas por conclusões precipitadas. Copas ponteagudas e frisadas, apontam que só a graça vinda dos céus permitiu o perdão da culpa pelo fogo que a tudo quase exterminou. E no alto dos telhados dourados de barro, as chaminés anunciam que apesar dos pensamentos nebulados a flor dourada tremula ternuras pelas tramas, de vida, esverdeadas de amor...
Maria
Enviado por Maria em 13/03/2012
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