Maria
Prosa e Poesia
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Espelho Dourado
Pó de lembranças. Poeira de pedra que a vida soprou, perdida do tempo. O que foi, já era, não volta mais. O tempo comeu. Até a montanha se esconde nas lonjuras. Nem ramos vermelhos alcançam seus costados. Procuram ainda se enroscar em telhados enviezados de céu. Talvez o que surge nestes olhos amarelos - curiosos, meio assustados -, seja a pergunta: como sobreviveu ao riscado da adaga do tempo? Pisada, triturada, moída em seu espírito. Como sobreviveu? E, o olhar castanho do ESPELHO, verbena respostas nas linhas douradas do corpo: Somos mendigos do tempo, riscados, forjados da mesma pedra que faminta de amanhãs se levanta.  Sintonia que o tempo não apaga e a vida não nega... a dádiva da luz... o pó das lembranças...
Maria
Enviado por Maria em 09/07/2012
Alterado em 09/07/2012
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