Olhar de Abrigo
Não sei viver numa fortaleza, imune as intempéries dos sonhos
ou ao abrigo de um abraço querido e afetuoso, um olhar protetor...
Também não sei olhar, sem ver, as profundezas
ou sem deixar explodir o grito do peito,
mesmo a voz rasgada, ferida pelo silêncio...
Talvez jamais seja compreendida...
ou tenha aceitas minhas palavras...
Mas, mesmo recebendo muitas atravessadas na garganta,
jamais aprenderei a ensaiar desistências ou assinalar despedidas...
porque conheço o amor do canto dos olhos ou dos lábios puros...
que não vive imune às intempéries dos sonhos
ou ao abrigo de um abraço, um olhar querido e protetor...