Poema do Silêncio
Não me importo mais tanto assim
com a ausência de palavras
ou com o sentir do esquecimento
que me destinam no cotidiano do tempo...
Embora, quase sempre,
também não sei o que dizer...
preciso falar...
elaborar os meus pra dentro...
organizar o caos...
Mas, talvez (talvez) esteja
me guardando mais... ... ... ...
E... percebo... cada dia mais...
aos poucos, a mão poeta
vai definhando o dicionário do tempo...
e a boca da alma vai silenciando
o cinzelar de palavras...
assim, assim... simples assim...
o poema vai calando em mim...
Maria
Enviado por Maria em 10/11/2016