Maria
Prosa e Poesia
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Rotas Asas

De onde venho?
Como saber se não sei para onde vou?
Me perguntas se sou insólita ave,
de rotas asas, feito tu...
No abismo em que me olho nos vejo,
asas fatigadas, sangue vivo de tão longos voos
salpicando nossas penas, nossos bicos
limpando-as triste, triste e pacientemente...

Se posso pousar ao seu lado ainda que escuro?
Saberás se ouvires minha linguagem,
meu cântico estranho, e tua alma
nele se reconhecer... Então dirás:
Sou insólita ave, rotas asas, feito tu...
Maria
Enviado por Maria em 03/12/2017
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