Maria
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Ferida de Espinhos

Não sei mais onde abrigar minha alma fragmentada. Não há mais portas para entrar por elas – só encontro portas para sair e ir-me para longe de quem me feriu de espinhos... Já não sei mais o quanto cabe numa noite insônia, de chuva caindo dos olhos... O que há no fundo da minha retina? Talvez a palidez e o luto dos pensamentos, a dor de ser ré quando não errei, não cometi a injustiça com o outro. Não sei mais onde abrigar minha alma fragmentada. Não há mais portas para entrar por elas – só encontro portas para sair e ir-me para longe de quem me feriu de espinhos...
Maria
Enviado por Maria em 03/12/2017
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