Maria
Prosa e Poesia
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Textos
Canduras e Acalanto
A noite, entrevoada de pedras e pássaros aquietados,
invade as narinas com seus cheiros e sons...
As asas nasceram para vagar e fazem seus ninhos de vertigem
no infinito que dobra sobre as esquinas dos cantos do mundo.
É para lá que eu vou. Se alço voo para meu horizonte
é porque foi possível o abrir de minhas asas,
ainda salpicadas da chuva que por tanto tempo dos olhos caiu.
Levo palavras agarradas ao peito, porque sei
que as disse verdadeiras e plenas de canduras.
Entreguei-as, agarradas em mim, em acalanto e surpresa...
do aconchego do coração de uma velha
andarilha de hieróglifos do tempo,
viajante de estrelas e poemas...
Eu? Levo palavras agarradas ao peito...

Maria
Enviado por Maria em 26/02/2018
Alterado em 26/02/2018
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