Maria
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Textos
Íris de Ampulheta

Também escrevo porque me sobram espantos,
porque transformo em palavras
o que se perde das cores,
o que sobra pelas beiradas do dia
ou se conduz para longe dos olhos...
Talvez seja assim que me liberte deste
sembrol que me doma os anéis da íris,
que me faz caminhar horas de ampulheta,
retinas de mar e cais à espera do sonho,
a alma em ebulição...
Maria
Enviado por Maria em 27/09/2018
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