Maria
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Correntes de Aço (II)
As correntes de aço
que construídas,
me seguram
do lado de cá
do mundo.

Ah! vida de sombras.
Sou como uma.

Agora fico andando
pelas rebordas do jardim,
espiando, espiando,
para ver se vejo o sol,
o rei.

Mas ele caminha tão silenciosamente
que pode até estar ao meu lado
e não consigo ver sua luz.
Mas sinto...

Sinto em cada flor,
em cada brilho.
Ele esteve lá,
viu, tocou,
acalorou.
Ele está lá.

E não importa como seja,
a cor, o tamanho, nada,
o interior é fascinante.

No interior de seu fogo eu me perco.
Me deixo rodopiar como um peão,
Me deixo carregar
de um lado à outro,
de acordo com sua maré.

No mar do seu interior
eu fico embasbacada,
fico perdida,
extasiada.

Mas sempre fica a dúvida,
- será que é -
o interior do sol,
ou o meu?

Não sei mais.
Dentro de mim
misturou-se tudo.
Ficou uma coisa só.
Já não sei mais discernir
entre eu e ele.
Maria
Enviado por Maria em 27/06/2008
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