Maria
Prosa e Poesia
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Bastião e Mariazinha (V)
Dia desses, sem nada para fazer
Decidi Mariazinha visitar, rever.
E não é que a menina
À chorar fui encontrar?
"- Bastião é o culpado, é  quem me faz,
Todas essas lágrimas derramar!
É muito mandão, precisa ver,
E me obriga a tudo aceitar!
Nem posso de nada reclamar,
Ai de mim se resmungar,
questionar, ou não obedecer!

Ele me manda calar a boca,
Me empurra prá fora de casa,
Fecha todas janelas e a porta!
E fica lá, lá gritando:  - Sua louca!
Vai-te embora daqui! Some!
Desaparece! Nunca gostei de ti!
Estás maluca? Quando foi que eu,
Na minha vida, entrar te permiti?
Fecha a matraca, pois de ti enfastiei,
Estás sonhando? Nunca te amei!
Quando falei de amor, estava sonzo,
Foi louco que a ti me declarei!

Esquece, foge daqui, não te quero,
Nunca, nunca te amei, nem esperei!
A mulher de meus sonhos, que espero,
Nesta vida ainda não  encontrei!"
Fiquei muito, demais consternada,
Com o que Mariazinha me falava
Ela chorava triste, desconsolada
Contando o quanto ao Bastião amava!
"- Ele não sabe que o amo, o bandido,
Por que me faz tanto assim sofrer?
Por que faz tudo  isso comigo?
Por que é tão mau? Quero saber!

E eu sei que ele sofre, o teimoso!
Sei que me ama, vejo, eu sinto.
O problema é que tão orgulhoso
Que não quer nem admitir amar,
Aquela que não é como as outras
Que ele fica na CARAS a desejar.
Será que é por que sou assim simples?
Por que não tenho nem um sobrenome?
Não sou a linda mulher melancia?
A bela Cicarelli ou Luana Piovani?
Quem é a mulher que eu deveria ser,
Para o amor de Bastião merecer?"

Maria
Enviado por Maria em 08/07/2008
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