Maria
Prosa e Poesia
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Bastião e Mariazinha (IX)
Lá fora chove, uma chuva fininha.
Eu, sem nada para fazer...
Resolvi umas linhas escrever.
Pensei: Sobre o que? Fiquei sem saber!
Então lembrei da Mariazinha,
a mulher que Bastião botou prá correr!
É vero ! Vocês não acreditam ?
Perguntem ao Seu Manuel...
Aquele que vende mel e fel,
no barzinho, lá da esquina.
Tenho certeza, ele conta !
Conta sim! E embaixo assina!

- Foi uma briga de matar !
Mariazinha só fazia chorar,
e o Bastião desatinado, gritar!
Disse que agora sim, era o Fim!
Que por ela, não dava nem um rim,
que dirá, um pedaço do seu coração!
E, mandou procurar o portão...
Chegou a ser bruto, grosseirão!
Pregou uma placa na porta, sem senão.
Tava escrito: " Amor desativado ! "
Como se fosse assim tão fácil,
Mariazinha, desligar o coração !

Mariazinha chorou como nunca,
ficou doente, achei que ia morrer.
Não saia da cama - depressão !
Não conseguia dormir, nem comer.
Cada vez que pensava em melhorar,
via os olhos vermelhos do Bastião,
enlouquecidos - em brasa -, qual tição!
Ele indo, vindo, voltando, se indo...
perdido, até tomar a decisão.
E aos gritos: - Não te quero mais não!
Fora de minha vida ! Some !
Tu não serve prá mim ! Sai ! Azaração !

Que tristeza ! Que tristeza !
A vida desses dois não é moleza !
Mas, um é mais teimoso que o outro!
Demais se amam  - aliás -, amar é pouco !
São almas gêmeas - um só coração - .
Mas, não se entregam - que desatino - !
Fogem do que sentem, do destino.
Que é viver juntos, apaixonados.
Igual dois pombinhos - grudados -.
Duas avezinhas no mesmo ninho.
Vivendo só de amor e carinho...,
Se amando, com muita... paixão !
Maria
Enviado por Maria em 10/07/2008
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