Num mundo conturbado,
debaixo de um sol quente,
dentro de um caldeirão fumegante,
encontrei-te envolto em névoas,
- escondido do mundo,
fugindo da luz -,
absorto em teus próprios
pensamentos.

O tempo passou
e descobri-te rei.
Rei das terras,
onde brotam palavras
como nascem as flores.

Fico impressionada
em como as manuseias,
como brincas,
e danças com elas.

Como separa-as, junta-as,
corta daqui, rasga dali,
cola, e junta novamente,
e... está feita a poesia!

Calando fundo em minha alma,
entorpecendo meus sentidos,
conturbando meu espírito,
fazendo meu coração
pulsar descontrolado,
completamente descompassado.

- faz falta!

Pois, sentir-te, com as lágrimas
a rolar pela face
é o presente da minha vida,
um oásis no sofrimento,
a paz que encontrei
depois de insana procura.

Tua voz, tua presença,
teu sorriso,
teu jeito criança
e gostoso de conversar...
o gosto da tua poesia,
o saborear das palavras
do homem e poeta,
que as ranhuras do tempo
nunca,
jamais vai calar!

Homem e poeta!
Segue tua sina...
Você é, você faz,
você consegue,
fazer a poesia por ti,
ao coração que sente, falar!