O Sol e a Flor
No tempo que se segue, um pouco cada dia,
a flor que ama o sol - sem trégua -, removerá a terra
que sua paz de espírito, com a vergonha obstruia...
E a triste flor se deixará transmutar em novo ser,
que faz música para ao sol, do seu grande amor dizer.
E das coisas que na vida aprendeu, as lições que o tempo lhe deu,
as lutas que lutou e perdeu, também aquelas que sua alma venceu.
Apagou hoje, a essência feminina, da qual teve medo,
o mesmo que nas curvas da vida um dia perdeu...
Buscava lá, a si - por sentir-se igual - um rochedo,
moderno e despachado... Qual! Engano e breu!
E agora, cada dia via, a luz do sol escondida,
por entre as cores surdas de um admirador...
Mesmo que assim não seja, seu coração já tão sofrido,
fugiu... não sem antes rasgar-se em tristeza e dor...
Por pensar sempre ver o sol, para outra flor dar seu amor.
Não quer mais deixar-se machucar, mas nunca, nunca...
Nunca vai deixar de amar, aquele que um dia tanto lhe amou.
Maria
Enviado por Maria em 06/10/2008
Alterado em 06/10/2008