De algumas coisas a gente não pode mais fugir. Pessoas, fatos, situações, vivências que a gente teve, não há como jogar fora assim, num minuto de insanidade de loucura, de fúria ou de dor.

Nós somos quem somos. E se somos nós, não somos o outro. E se não somos o outro temos a nossa vida. E se temos a nossa vida, temos somente o direito de vivê-la.

Por isso estou aqui, dizendo para você, que Maria é Maria. Assim como você é você. José é José. João é João. Joaquim é Joaquim...

Vivo cem anos em um dia e já se passaram três séculos desde que vim aqui pela última vez.

Hoje voltei, forte, renovada e querendo ser gente.

Sou escritora e poetisa e aqui, ou em qualquer outro canto também é o meu lugar.

Mesmo que esteja em silêncio, mesmo que precise me calar, a poesia não morreu em mim, ela torneia toda minha vida, ela sou eu, eu sou ela.

É. É assim: a poesia em minha vida sou eu, Maria...