Maria
Prosa e Poesia
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Barganha Solidão
Mais um outono chegou...
e com ele as tintas de cores
que tingem a natureza
já se fazem sentir.

Não tenho mais preço
para a minha solidão.
Comprei-a, barganhando
minhas pegadas, roubadas
num jardim de flores
onde cada uma delas
envergonhava seu dono.

Negociei com a vida,
mas comprei sozinha
tudo o que plantei,
como se fossem espinhos
que tivesse plantado.

Não sei mais de meus passos
e nem entendo
como uma insana
pode ainda falar
daquilo que não compreende.

A loucura que vivi
me ensinou
que nada é muito,
e tudo é demais,
quando alguém quer,
mas não sabe aceitar,
o que você está a lhe dar.
Maria
Enviado por Maria em 05/04/2009
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