Andor de Lembranças
Sou sombra da ave,
penugem de ninho,
musgo de ontem
que secou
sem ter luz.
Sombra de mim,
que vaga sem asas,
entre laços e nós
que se entrelaçam
desde o passado.
Andor de lembranças,
que cruzam à meia-luz
na madrugada
que descerra,
a cortina do medo
se não mais sonhar.
Sonhar prá quê?
Os sonhos mal nascem
e já morrem sem alento...
Maria
Enviado por Maria em 05/04/2009