Maria
Prosa e Poesia
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Textos
Ânsias Cremadas
Tomo da pena para escrever
minhas lembranças
num rascunho
azulado do tempo.

De soslaio me passam
momentos que nunca vivi.
Sonhos que adormeço à fórceps.

Sem mais ânsias.
Enterrei todas
nas terras
do jardim
que já morreu.

Para serem cremadas
com as manhas
furiosas do sol.
Não sobraram cinzas
para jogar
sobre a terra.

O velório
acontece
dentro de mim...
Maria
Enviado por Maria em 07/04/2009
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