Estatueta de Rancor
De calos nas mãos,
avanço na direção oposta
de onde queria ir.
Levo na mão a última semente,
aquela que ainda
não tinha plantado.
Sou a contramão da vida.
Estatueta que se fez prêmio
a ser jogado ao chão
e pisada com pés de rancor.
Coisa simples
de entender.
Só Maria não
conseguia ver.
Pode até ter valor,
mas não na terra do sol.
Maria
Enviado por Maria em 07/04/2009