Um véu transparente e azul
Cobre a casa estelar
Onde a ave tem seu ninho
Para mais vida criar.

Nas bordas do céu nascem
As luzes que ali descem
Prá acalentar a alma da ave
Que de tristeza fenece.

Pois o vento, vento forte
Soprou vagas sombreiras
Que de tanta ventania
Levaram sua companheira.

E assim a ave solitária
Acalentada ao luar
Das cinzas ergue-se augusta
Determinada a continuar.

A vida que tão mimosa
De plumas esplendorosas
Transforma a dor e a tristeza
Em luz de estrela amorosa.

Vem casa estelar reluzente
Que brilha na escuridão
Iluminar a vida da ave
Trazer alento ao coração.