Pérgula Dourada
No cair da tarde
Com o pôr-do-sol
Envolvem
Minha alma
Suaves cantigas
E tênues ramadas
Na pérgula dourada.
As sombras!
Descem mansas
Do infinito celeste
E com elas o sereno
Úmido e perfumado
Repousa nas folhas
E pétalas das flores
Prá noite que chegou.
Vem lá!
A lua orvalhada de luz
Dançando no céu anil
Embalada pelas estrelas
Que cálidas e trêmulas
Se rendem ao esplendor
De uma serenata de amor.
Reluz!
No coração nebuloso
A voz enluarada
Das estrelas a cantar
Cantigas que tão doces
Encharcam o coração
De poesia orvalhada
Da pérgula dourada.
Maria
Enviado por Maria em 21/05/2006