Meu irmão do outro lado do portão
Quando a alvorada
Do dia chega.
E vejo o
Silêncio do mundo.
Contemplo a dor
Dos que passam,
Naquele exato segundo.
Entendo que minha dor,
Não é nada perto daquela,
Guardo o lenço,
Saio da janela,
E vou prá estrada ajudar.
É esse
Meu caminhar.
Já sei de minha missão.
Esquecer minha
Angústia sem fim.
Vestir a armadura em mim,
Ir para o campo outra vez.
Pois lá tem camponês
Precisando de bálsamo-luz.
Coisa mais
Triste da vida.
De morte foi atingido
Por mulher que
Via querida,
Mas que não tinha
Coração.
Lhe tirou
Da mente a razão.
E até a vontade
De viver.
Agora precisa
De mim.
De minhas
Mãos de Maria.
Que tocam,
Consolam,
Acalmam
O seu triste
Coração.
Descobri,
Ele é o meu irmão
Do outro lado
Do portão.
Maria
Enviado por Maria em 07/06/2006
Alterado em 07/06/2006