Dormir Com as Estrelas
hoje, um momento
de eternidade
que não pára
entre as frestas
do tempo que voa
alado ao largo
da dor
e angústia
de tantos séculos.
de hoje a hora
- aceno de longe -
de rasgar a alma
em derradeiro
despedir de amargar.
deixo o sol à caminhar
em passos soturnos
de morte por
decisão de sua alma;
- sempre em busca -
do que lhe foi dado
em bandeja de ouro,
cravejada de lágrimas
de diamantes de sal.
ao lado corre o rio,
- manso e doce -
a borbulhar amor
em suas águas cristalinas,
deixando em seu leito
pegadas de felicidade,
para a flor...
flor dourada de luz,
que não se deixa
os pés molhar,
por estarem suas pétulas
enroladas nos raios do sol,
nas vestes do rei,
que ela criou...
mas, a vida vai,
- e leva o tempo -.
e hoje, um tempo,
de deixar prá trás
esse sol empoado
de turras e medo
de viver e amar,
- lamentos em dor
em lágrimas de gritar -
escondido em si,
no escuro de sua luz.
hoje, um tempo,
de caminhar a vida;
amando, acalentando,
o passado de outrora,
dormindo com as estrelas,
brincando com os anjos;
- carregando nos braços
de amor os cisnes -,
calando a poesia,
as palavras
que o coração não quer,
não tem mais com
quem falar!
Maria
Enviado por Maria em 08/09/2009