Maria
Prosa e Poesia
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No Regaço de Uma Estrela
Da montanha, não contemplo mais as terras. Do sol, não vejo mais a luz. Acabrunhada, parto em direção ao vale e...

Do rio não vejo mais suas águas.

Em certa altura da vida, elas deslizam para o interior de uma caverna e lá se escondem do mundo exterior.

Correm para dentro das terras da montanha, onde nem as raízes de uma flor conseguem chegar, nem a luz da tímida lua pode alumiar.

Debruço-me sobre as pedras do regato seco, à contemplar os laivos deixados pelas águas que um dia passaram. Nada mais posso ver. O rio apagou as pegadas de felicidade antes de partir.

Triste, retiro-me para dentro do céu de estrelas. Aninho-me no regaço de uma delas e adormeço minha vida sem sol, sonhando com um novo alvorecer.

Esperança que nunca esmorece. Sonhos que nunca se apagam. Lembranças que se fazem presentes num futuro que só chega amanhã...
Maria
Enviado por Maria em 09/09/2009
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