Maria
Prosa e Poesia
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Espírito Dourado de Infinito
não consigo abrir
as grades de minhas emoções
e fugir de mim mesma
por entre frestas de ilusão.

sou o que sou,
nada mais do que isso,
nem quero,
tenho em mim direitos
adquiridos quando nasci.

se me liberto,
ardo de saudades
e vou me buscar
se vivo no cárcere,
desejo sempre fugir,
me libertar.

vivo embalada entre
um limite e outro
de meu mundo
concebido pelos sonhos
que vou tecendo na manhã.

a cada metro
de meu vôo alado
e sem rumo
perco-me,
encontro-me
e junto-me
às asas do sol
que bailam luas
crescentes na escuridão...

e navegam nas saias
rodadas da flor de natal
enquanto brilham
pérolas de lágrimas
nos fios
onde dorme suave
o espírito dourado
de infinito.
Maria
Enviado por Maria em 26/09/2009
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