Ânsia eterna
Sozinha, fui passear em meu quintal.
Espiar as flores, as árvores, a terra,
meu enorme pé de azaléia,
cheinho de botões.
Olho tudo, cada canto.
Sinto vontade de ser criança
outra vez e rolar na terra.
Sujar o rosto, as mãos,
deitar no chão e ficar lá,
olhando para o céu,
para as nuvens
que passam ligeiras.
Cada uma tem uma forma diferente.
Algumas são como animais,
outras formam um barco,
mas todas brilhantes,
brilhantes de luz.
Luz do sol que de tão forte,
aquece a pele
e deixa-a ardida,
fervendo.
Dentro em mim algo se agita,
cresce, num frenesi apaixonado.
Um frêmito de alegria,
ânsia de brincar,
amar e ser amada.
Maria
Enviado por Maria em 09/09/2006