Melodiando
E fala a melodia, desliza suave, tímida, quase sorrateira por entre os túneis do coração. Intensifica-se rápida ao se aproximar dos cantos escuros que guardam os segredos mais bem guardados, que brilham em cada linha que flui, que grita, que chama, que cresce, que sobe montanhas, que desce abismos... pedindo, clamando, implorando por uma só réstia de luz a tocar a alma de amor. Em ondas, que cortam, chocam-se no ar, estouram os tímpanos do espírito, silenciando a ponto de fruir... assim... quieta, lenta, fugidia como a ternura que escapa do interior para os braços do vento, assim... bem assim... navega... assim... invade o âmago do ser, unindo, amarrando a alma à um mundo de sonhos, de leveza do andar e do conceber da poesia...
Maria
Enviado por Maria em 21/07/2010
Alterado em 21/07/2010