E vive o sol em cada um de meus sonhos, nas estrelas que dançam em meu coração. Habita o abraço que ainda não sei. o beijo sereno que quero dar.

Luto desesperadamente para não deixar a desesperança e a angústia alcançarem o âmago de minha alma e me torturarem em dor outra vez. Caminho de um lado a outro de meu ser acalmando e amainando focos de feridas que aos poucos vão se formando e ocupando espaços já considerados livres desses predadores da alegria. Sinto o latejar constante dos cortes deixados em minha alma
pelo arco do medo. Ronda meu espírito a angústia que sufoca e atormenta, enquanto machuca o coração e encarcera cada um de meus sonhos nos cadeados dos conflitos interiores. Não vejo mais horizontes, nem possibilidades de algum surgir em minha vida.

Descalça, nua de todos os medos, disposta a desafiar até montanhas
para poder ser eu mesma e gritar o que penso, sinto e sou. assim sou eu hoje. Andarilha de mim mesma, caminhante de céus onde ninguém mais coloca os pés... Viajante de meus próprios sonhos e adepta dos sentimentos que permeiam minha alma e fazem arder o coração. Assim sou eu hoje. No entanto..., solitária e pedinte de pelo menos
um pouquinho de luz. Sou eu. Ao meu lado somente o silêncio e a quietude, que falam... sem dizer... uma palavra sequer.