Maria
Prosa e Poesia
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O Perfume da Rosa
Uma Rosa tem espinhos e sem nem saber fere as mãos de quem deseja nela tocar. Muitas pessoas desejam tocar a rosa, não por ela ser quem é, que talvez não conheçam a essência de seu ser, mas pelas cores que reflete, pelo perfume que exala. E pensam que é isso que faz a rosa, que isso é a rosa. Apaixonados a querem para si. E então descobrem - tarde - que a rosa já está plantada, é cuidada e amada por alguém... E descobrem que em sua essência existe muito mais do que só cores e perfumes. Existem espinhos também. E neles se machucam ao tentar colhê-la. Ela está bem plantada, e pertence a terra onde estão fincadas suas raízes. Não deve ser roubada, nem arrancada de seu galho. Deve permanecer lá, para perder suas cores, seus odores, suas pétalas...até secarem-se todas as suas folhas, quebrarem-se seus galhos... Então vem o dono do jardim que a plantou e a vê, e a ama, e com muito amor, toma seus galhos nas mãos e os corta um a um, até restar apenas o fosco tronco, e dia após dia ele a cuida, rega, aduba, ama. E quando passar o tempo de sua transmutação, quando um dia os raios do sol pousarem naquele galho, verão a maravilhosa surpresa... Um pequeno broto verde se formando... A rosa estará renascendo, para uma nova vida, para uma vida florida de amor e ternura... E as cores da alegria encherão o jardim de luz, e o perfume entorpecedor encherá de luz o dia do dono do jardim e dos caminhantes solitários que por acaso cruzarem os limites do jardim, onde a rosa está plantada... se não forem arrancadas suas raízes...
Maria
Enviado por Maria em 30/07/2010
Alterado em 01/05/2014
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