Quando a alma sente o toque do sol o mundo vira uma montanha russa de sentimentos que entorpecem os sentidos. O que a luz faz cada vez que a sentimos é inexplicável, é imensurável. Nem o rio consegue entender porque a alma grita, clama por um sol que cala sua voz, o seu mundo, para uma flor que o ama de paixão.

Tentei dizer. Explicar. Falei o que sempre disse:

... "O vento sopra onde quer e nunca mais volta ao mesmo lugar. A brisa que nos toca a face é sempre uma nova brisa, com um novo perfume, com um novo propósito de vida. Estende a mão, sinta o vento perpassando seus dedos. Ouça-o e vais compreender o que é impossível de entender: Os mistérios da vida, os mistérios do eu, o mistério do amor... mistério que assim como o vento, sopra onde quer"...

E é assim. As asas do vento decidiram soprar a brisa desse amor em meu coração e depois levá-lo, pelos dedos dos sonhos, para entregá-lo a ti, nas linhas de uma carta, nas folhas de uma poesia, nas pétalas de uma flor. Porque minha alma escolheu você como depositário de meu amor eu também não sei. Também não compreendo os mistérios do vento que sopra onde quer. Mas compreendo que o vento soprou um dia teu nome ao meu coração e desde lá, minha alma queda-se em ternura e amor desmedidos.

“Ouça sol, nas cantigas do vento o desejo do meu coração. Não deixe nosso mundo se apagar na bruxaria das cinzas. Não permita que lampejos de dor acordem o sofrimento que quer calar. Acenda a chama da paixão e do desejo de falar, de estar juntos, de partilhar sentimentos. Nada ficou para trás. Tudo está aqui, diante de nossos olhos, basta abrir as mãos do coração acolher o amor e acender o sinal verde para o compartilhar de vidas. É o que temos. É o que a vida nos permite exprimir.

Amar e sonhar esse amor, na plenitude de nossos sentimentos, em nossas palavras, nas linhas de uma carta, que vai sussurrada pela brisa do vento que sopra onde quer. Vento esse, que soprou sua brisa em meu coração, iluminando minha vida com os raios de luz de um sol de amor.