Maria
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O Invento das Verdades
Não há como entender porque fico me perguntando sobre as coisas mais óbvias. E porque as coisas mais simples me causam mais espanto. Um espanto que inunda minha alma na reflexão. E então invento mais uma de minhas verdades. E, ao fazê-lo, me afogo nas perguntas que surgem a partir delas. Já não sei onde estive ontem de manhã. Em que mundo se perderam meus pensamentos. É o meu passado. Eu o tornei existente ao conseguir viver hoje. E faço o meu futuro presente cada vez que o concebo em sonhos. Para onde caminharão os meus pés no futuro do minuto seguinte ? Fui nascer dentro dessa caixa redonda e cheia de limites. Por isso preciso das asas que um dia você me deu. Para voar para fora dos limites do tempo e das cercas da minha existência. Esta é a minha realidade. Não sei do que estou falando, nem porque nascem palavras em mim. A culpa é sua se elas simplesmente brotam e  se espalham no tapete enevoado e embranquecido que se desdobra no ar que respiro cada manhã. Olho-me no espelho. Quantas faces posso ver dessa realidade ? Já não sei mais contar os dias. Eu os meço pela saudade de cada hora. Fazem parte dos fundamentos de minha vida. Os visíveis e os invisíveis. Os visíveis são só aparências que você vê. Os invisíveis... são minhas convicções e verdades... Minha vida... Ela é toda feita de uma saudade... um sentimento cuja música agora sei... só eu estou a tocar...
Maria
Enviado por Maria em 25/08/2010
Alterado em 25/08/2010
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