Maria
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Pássaro Dourado
O vejo sereno, e não me parece um sonho meu. O vejo tenro, com a ponta dos dedos, limpando cada uma das penas de suas asas, preparando-as para um longo e maravilhoso vôo no infinito das estrelas. Durante muito tempo ele fugiu e escondeu suas asas cansadas das feridas causadas pela flechas da renúncia. O medo, a dor, a saudade e o sofrimento o faziam calar o vôo. Não que não soubesse mais voar, mas as forças haviam-se exaurido. Nada mais importava. Nem mesmo o amor desmedido da amada conseguia despertá-lo da apatia que o acometia. Mas ele sempre soube que não podia continuar assim. E sabe que o mundo necessita do seu vôo. Que o voar - e cada vez mais alto - , está em seu sangue. É herança dos seus antepassados. É o compromisso com a história das aves canoras que de longe vieram para dançar os mais belos e harmoniosos vôos que o mundo já viu. E agora... o vejo de asas abertas. Em breves e maravilhosos vôos. Meu coração exulta. Tudo brilha. Tudo reluz. A vida tem um novo significado. Porque o pássaro dourado desenferrujou as penas, ergueu as asas e já alcança o infinito das estrelas com suas asas aperoladas de amor e sabedoria.

e o pássaro dourado,
chacoalhou-se das cinzas,
abriu asas e o vôo alçou.
o mundo é seu...
ele já o conquistou.
Maria
Enviado por Maria em 11/09/2010
Alterado em 11/09/2010
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