Penso. Não devia pensar. Pensar é perigoso demais prá mim. Mas, penso. E os pensamentos se misturam. Dançam ao som da música do meu espírito. E ele está conturbado. Algo o incomoda. Algo que não sei de onde vem. Nem adivinho prá onde vai. Apenas passa aqui. E faz barulho. Ensurdecedor. Por isso penso. Mas não devia me deixar pensar. Estou me dando tempo. Tempo prá pensar. E pensar é perigoso demais prá mim. É pensando que tomo as decisões mais loucas. É pensando que meus dedos se arriscam a acender chamas, escrever rabiscos e desenhar jardins de flores de fazer chorar.  Mas, sobra tempo. E penso. Não devia pensar. Porque só penso em como dar um jeito de não precisar pensar. Só penso em arranjar um meio de parar... Parar de pensar. Então... Penso... Mas... Não devia pensar...