Pobre Morta !
jogam pedras,
ateiam fogo, queimam tudo
o que é meu.
arrancam de minhas mãos,
até o prato onde raspava
as migalhas de pão
que ainda recebia.
colocam fim em meus sonhos,
estragam a festa do rei,
onde a flor seria coroada
rainha.
alagam minha vida cada dia,
com as corredeiras
e avalanches,
sem aviso.
não vão conseguir !
não morro mais não !
sou imortal de sete mortes,
e tão viva, como o pedaço
de carvão que tremula no fogo.
Maria
Enviado por Maria em 14/10/2010