Maria
Prosa e Poesia
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Lona e Chão
por que me repetem?

não sou restolho
prá me reciclar.
não me compete
nem rir,
nem se alegrar!

torpe das pernas,
tonta e vesga,
remexo no que
sobrou, tentando
alimento encontrar.

ledo engano!

levaram tudo,
rasparam o latão,
atearam fogo
em meu barraco,
e jogaram a lona
no chão!

só me deixaram
uma garrafa
de aguardente.

de gole em gole,
busco a morte
surgir em frente.
Maria
Enviado por Maria em 17/10/2010
Alterado em 17/10/2010
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