Maria
Prosa e Poesia
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Textos
Vida Anestesiada
cheguei ao fim.
pedaços de mim já caíram.
estou podre.
por dentro e por fora.

cirrose e feridas no corpo
são minhas medalhas

pisotearam meu espírito
e me arrancaram
a dignidade.

humilhei-me,
implorei para me
deixarem mais uma
vez tentar viver.

acumulei tapas
na cara e cuspes
de desprezo.

cresceram chagas
em mim.

é o fim !

embora seja,
não fui a culpada.
a vida, essa vida cega,
foi quem me entregou
o veneno que me matou.

de trago em trago,
sorvo o anestésico prá dor.
Maria
Enviado por Maria em 19/10/2010
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