Maria
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Fúria e Escuridão
Do profundo escuro de minha noite, minhas orações se dirigiram num sopro, aos céus, clamando pelo perdão da insanidade que sempre me toma, levando-me a atos impensados, e pelo alívio da dor, que rasga e corrói a alma. Na passagem da minha escuridão, no amanhecer dos meus olhos, sem nem encontrar um raio de sol brilhando no horizonte... meu espírito, estraçalhado, moído e enfraquecido, num último suspiro, abriu os olhos em direção da vida. E mesmo que a morte brade: - Não há mais palavras que expressem o arder dessa dor que traça e mata. Não tem mais caminhos que arvorem o direito de dizer... lá vamos nós, no caminho dos deuses onde o sol é o maior: A partilha da dor é o destino e o laço de união dos que amam com tanto ardor e intensidade, que com a força dos sentimentos não sabem lidar. Perdidos, vagueiam construindo tempestades e deflagrando guerras que fazem doer o coração. Corta e dói! Como fio afiado da navalha vai cortando a carne, esmerilhando a pedra, arrancando lascas e pedaços, sem dó nem piedade. Ah! Como dói. É um massacre! Mata! Encolhe-se de medo a alma, e enrola-se de dor o espírito, diante da fúria do vento que a tudo deseja destruir. E do buraco do medo só vê ao longe a lua, onde a mulher dorme, esperançada do beijo, que um dia, prá sempre, do sono da morte à despertará.
Maria
Enviado por Maria em 25/10/2010
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