Quando Penso, Penso Assim: (XI)
* a palavra em si já é algo tão inusitado, tão extraordinário, que só sabê-la criada, sabê-la existir, poder tocá-la com os olhos da alma ao longo de suas curvilíneas formas, já me leva ao alumbramento. ah! ela escrita em poesia, em soneto, inspirada, transpirada... ah! que importa??? prá mim já me basta ela existir e eu poder dela me servir, o espírito alimentar, me fazer crescer, e, dela sempre que quiser, em prosa ou não... me vestir, despir... e claro, como sempre, ao pé de mesa do poeta aprender...pois ainda corro atrás daquela que revelará a essência da essência do meu sentir...
* a "inspiração" sempre me encanta. é diante dela que a alma poeta se dobra. depois nada mais importa. se o poeta podar sua obra, picotar, cortar... poderá ficar linda "transpirada"... mas do encanto da inspiração ficará manca...
* sobre maria sair da lata: "viver na lata é como caminhar num mundo só da gente. a lata faz barulho, mas a gente finge que não ouve. a lata rola, mas a gente faz de conta que foi a gente que a rolou... a lata cai e a gente tem a quem culpar pelo tombo. a lata fala e a gente se esconde atrás das palavras dela. bem, acho que sou a minha lata... por isso não posso sair dela..."
* se houvesse um jeito para além da ampulheta que tornasse visível de pegar o tempo nas mãos e fazê-lo ser nosso... se houvesse um jeito de eternizá-lo nos momentos em que nosso coração mais deseja.. se houvesse... os dedos da alma, encharcados de eternidade, escreveriam lembranças de longa data... mesmo assim... lembranças encravadas nas paredes de pedra da alma...
* quando falta de tudo e conseguimos viver em paz... na verdade... não precisamos de nada.
* se o coração está aberto à mudanças, a possibilidade de sucesso já está garantida.
* descobri que a única coisa que posso transformar, mudar, sou eu mesma... os demais do tempo não cabe a mim transformar...
* os sonhos acontecem enquanto lenitivos de vida. se assim não for, pairam no esquecimento...
* cada palavra carrega outras mil em seus costados. o coração deveria abrir mais sua cordeona. sua bela música ecoa no ar mesmo após os acordes cessarem...
* e deixa o vento espalhar as pétalas da flor. ele com certeza constrói tapetes macios e sedosos para as pisadas das suas palavras...
Maria
Enviado por Maria em 15/11/2010
Alterado em 13/04/2011