Chorei por ti diante da vida. Clamei por teus sonhos, como os meus. Levei orações e cânticos nas manhãs. Enfeitei de pedrinhas coloridas o teu caminho e calcei de pétalas perfumadas os teus pés. Mesmo pequena diante de você, fiz melodias com minha alma e te enchi de meiguices, de dengos que acalentava em braços de amor, antes de entregá-los em tua porta. Embrulhei estradas, me libertei de conceitos e busquei, como jamais uma flor faz, estar sempre à porta, sempre pedinte de um olhar, de um meigo e eterno olhar. Um olhar prá me cuidar como um tesouro e me guiar como um ganso-líder. Mas não sei se fui percebida, meu perfume parece que nunca chegou e minha luz, numa manhã de fúria, foi jogada ao léu e agora parece... está para sempre esquecida !