Ela
A praia estava vazia. Caminhava pela areia macia e dourada. A tarde estava linda e ensolarada. Ao longe algumas dunas se sobressaiam. A altura das ondas a surpreendeu. O vento batia forte na superfície da água, formando ondas possantes e cobertas de espuma. Por causa da ventania aquele não era um bom dia para navegação e os barquinhos dos pescadores se encontravam todos ancorados. Era um dia perfeito para caminhar. E foi o que ela fez. Caminhou, passos lentos, sentindo a carícia do sol e do vento em sua pele. A tarde começava a cair e tons avermelhados iam tingindo o céu, dando-lhe um colorido ímpar. Os raios do sol filtravam-se através da maresia que chegava de mansinho. Não existia nada além. Uma única realidade num mundo dominado pelo brilho do sol. A beleza das mil tonalidades do crepúsculo era inigualável. Às vezes suave, e às vezes agreste. Com o vento, os barcos balançavam sussurrando melodias. Mas mesmo assim o silêncio se fazia reinar nas cores deslumbrantes do entardecer... E nessa quietude ela sonhava se encontrar...
Maria
Enviado por Maria em 22/12/2010