Maria
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Saudade
O tempo passa e uma saudade nasce em cada lágrima que escorre quieta e solitária... Saudade do que foi, do que é e do que não tivemos... No silêncio que dormiu minha alma, aprendi mais uma vez o verdadeiro significado da vida e que não vale a pena guardarmos as preciosidades de nosso coração em um velho baú e fingir que as esquecemos. A vida é tão curta e nos fala tanta coisa. Porque esconder dela o que sentimos? Claro que é mais fácil jogar tudo no esquecimento. Ao fechar a tampa do esquecimento a alma definha para a morte e o espírito se recolhe por entre as chagas e feridas. Então a dor lacera os sentidos sem anestesia e um dia quando o tempo nelas mexer, as suturas mal feitas se abrirão e o sangue jorrará da mesma maneira. Talvez as palavras sejam poucas para me fazer entender. Talvez deveria ter ficado calado o meu coração. Talvez o tempo... Mas o tempo é carrasco e traz recordações que doem como fogo, ardem o peito e chacoalham o corpo em soluços sem fim. Uma saudade se desenha em meus olhos. Uma saudade se desenrola em minha alma. Uma saudade me invadiu pela porta aberta... Abraço-me e me deixo levar. Sou folha seca que as águas levam para onde vão... Sem destino, sem porto... Carregando em suas cores uma eterna e imensa saudade...
Maria
Enviado por Maria em 26/12/2010
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