Maria
Prosa e Poesia
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Imitação
quando o desejo é ser tudo,
descobrimos que o resto
é a sina da vida
que o tempo nos condena.

e me resta cada vez menos,
cada vez menos...
menos tempo e de menos
horas dele.
cada dia que passa
um pedacinho de mim
envelhece e cai.

assim, tão simples
e certo como as folhas
outonadas acordam
prá morte.

e o tempo passa,
dá voltas, se agrega
ao ligeiro,
se apaga de luz
e galopeia ao vento
que nasce a cada manhã.

tempo e vento se misturam
e fazem um tornado
de sentimentos
que balançam, balançam,
e não fazem
tempestade
que acorde este sol
a dormir tão
quietinho...

fecho meus olhos.
prá que abrir a cachoeira
que escorrega sempre
corredeira abaixo?

procuro o meu ninho...

vou me enrolar
em cobertas de nuvens
e desaparecer assim,
assim:

bem, bem devagarinho...
Maria
Enviado por Maria em 12/01/2011
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