Retorno
nunca desprezei a luz do sol
ou o som da voz passarinha.
quando minha música calou,
foi a culpa do fio
que carrega a quirera
da ave o manjar,
que se rasgou...
mas eu sim,
triste sermão,
em olhos vermelhos de ira,
recebi já três vezes então!
pudera !
ave pretensiosa !
quis ser pojo de
caminhante das horas,
e me descobri eu sim,
do navio afastada,
numa hora do dia,
quando à minha choupana
chegou a terrível
e dolorida desativação.
aguardo agora, depois
das brumas da lua,
o retorno eterno
de minha amada luz
que já há milênios
mora prá sempre
no meu coração!
Maria
Enviado por Maria em 14/01/2011