Maria
Prosa e Poesia
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Acordar Despedidas
um vento se debate dentro de mim.
como uma mágoa que fere a face
deixando marcas doloridas.

o vento corta caminhos
derrubando pedras,
revirando espinhos.

grita-me incessantemente
que as horas de hoje
são iguais as de ontem.
se repetem incansáveis.

já era quase meia noite
há centenas de milhões de anos.
mas parece que
este instante é o primeiro.

é que o vento faz
um barulho diferente a cada dia.
sussurra, redemoinha tempestades
e retorce furacões.

na fúria louca de um tufão
- me abala e embala -
como fosse um berço
de acordar despedidas...
Maria
Enviado por Maria em 10/02/2011
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