Maria
Prosa e Poesia
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A Mulher de Bastião
Dia desses, sem nada para fazer
decidi Mariazinha visitar, rever.
E não é que a menina
à chorar fui encontrar?
"- Bastião é o culpado, é quem me faz,
todas essas lágrimas derramar!
É muito mandão, precisa ver,
e me obriga a tudo aceitar!
Nem posso de nada reclamar,
ai de mim se resmungar,
questionar, ou não obedecer!

Ele me manda calar a boca,
me empurra prá fora de casa,
fecha todas janelas e a porta!
E fica lá, lá gritando: - Sua louca!
Vai-te embora daqui! Some!
Desaparece! Nunca gostei de ti!
Estás maluca? Quando foi que eu,
na minha vida, entrar te permiti?
Fecha a matraca, pois de ti enfastiei.
Estás sonhando? Nunca te amei!
Quando falei de amor, estava sonzo,
foi louco que a ti me declarei!

Esquece, foge daqui, não te quero,
nunca, nunca te amei, nem esperei!
A mulher de meus sonhos, que espero,
nesta vida ainda não encontrei!"
Fiquei muito, demais consternada,
com o que Mariazinha me falava
ela chorava triste, desconsolada
contando o quanto ao Bastião amava!
"- Ele não sabe que o amo, o bandido,
por que me faz tanto assim sofrer?
Por que faz tudo isso comigo?
Por que é tão mau? Quero saber!

E eu sei que ele sofre, o teimoso!
Sei que me ama, vejo, eu sinto.
O problema é que tão orgulhoso
que não quer nem admitir amar,
aquela que não é como as outras
que ele fica na CARAS a desejar.
Será que é por que sou assim simples?
Por que não tenho nem um sobrenome?
Não sou a linda mulher melancia?
A bela Cicarelli ou Luana Piovani?
Quem é a mulher que eu deveria ser,
para o amor de Bastião merecer?"
Maria
Enviado por Maria em 28/05/2011
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