Acusada
De pouco amor,
jamais poderei
ser acusada.
Não admito,
pois é mentira,
mentira muito mal falada.
De traição, também não.
Pois sempre foi só sol,
que invadiu,
ficou tanto tempo,
fez uso-capeão,
e prá sempre,
habita meu coração.
De não tentar,
ninguém pode me acusar.
Pois fui sempre
quem procurei,
sempre perto ficar.
Então o que foi?
Falei demais?
Se assim for,
quem deve pedir perdão,
não sou eu,
mas o poeta,
que me ensinou
a falar, sem pudor.
Maria
Enviado por Maria em 03/06/2011